quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonhos



NUm hotel,ou num navio,nao sei,Sara amava Ele com a mais controlada intensidade,por dentro um sentimento a sufocava e Ele a perguntava:

-Me amas Sara?

E Sara negava e desviava o olhar quase sempre para o céu,fosse ele através da janela,ou do puro habitat onde se encontra o verdadeiro céu.Sara reflete muito sobre a frase "vc eh escravo de suas palavras e senhor do seu silencio",devemos declarar e correr riscos?afinal a vida é feita de riscos,rabiscos...enfim.

Entram num quarto,havia uma tv,um sofá,uma mesinha de madeira com uma biblia em cima,um tapete com desenos estranhos de formas geométricas que no mais formavam pessoas que se abraçavam e se amavam,e logo Sara e Ele se transportaram para Paris,onde se amavam sobre uma cama coberta por um tecido de seda vermelho sangue,e no enlace de pernas,se abraçavam como se soubessem que seria a ultima vez,se olhavam profundamente nos olhos,pois sentiam que palavra alguma expressaria o que queriam mostrar,Sara o olhava com tristesa,pois reprimia tudo,tudo o que sentia,Sara com seus cabelos ruivos que chegavam á cintura,formavam a visão da deusa,Vênus tem aquela aparencia,com certeza,Sara tem formas delicadas,uma pele feita de leite,inunda os pensamentos Dele,e Ele chorando a abraça,e entre lagrimas continuavam a se amar,e a janela mostrava a torre Eiffel,que bonita,grandiosa,somente ferros entrelaçados e ainda assim tao delicada,há Paris,terra dos amantes perdidos,dos poetas,dos pintores,terra mãe de toda a arte.

E entra no quarto o homem que nao deveria lá entrar,e com terror no olhos obsertva paralizado a cena de romance sobre a cama vermelha,e o homem escorrega pela parede e senta-se no chão,cobre com as mãos o rosto e em soluços expressa a dor,a dor do erro,onde?onde foi o erro?Uma ópera com melodia triste começa a tocar e a tomar conta da atmosfera,e a música cada vez mais alta,mais alta,alta!!som ensurdecedor,e os três gritam,Sara se contorce na cama tapando os ouvidos com a palma das mãos,e Sara olha seu amado com um olhar de súplica,de socorro,e tentou dizer alí,com o olhar,numa fração de segundos,o quanto o amava,amava com todas as forças,com todos os sentidos..e ele...simplesmente entendeu e nada disse.

Derrepente tudo cessou,a música,o medo,o amor,a dor,e simplesmente acordei,nunca desejei tanto estar alí,na minha cama,,no meu quarto,olhando o "meu" teto,debaixo do meu cobertor,cobertor azul,bonito azul,afinal eu nem gosto de vermelho.

Selmy Menezes